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Caminhos

     A palavra Asteca pareceu meio sombrio para Rayn, o que lhe surpreendeu foi as bigas voarem sem impulso de motores aéreos, ela simplesmente voava seguindo debaixo da aura que percorria pelas rodas. Eles seguravam no parapeito como se estivesse preparados para um acidente e não era nada agradável de se ver, incluindo os movimentos que lhe enjoava no imediato, Rayh prometeu de nunca transportar nessas coisas durante sua vida no acampamento - é pior que andar de ônibus - Rayh tem um certo limite para ônibus, sempre desmaiava na segunda parada da cidade e os passageiros odeiava o cheiro que ele liberava durante o desmaio.

     Eles passaram pela baía de Tulum, uma vista em que Rayh nunca tinha visto, os guerreiros sorriam com comentários deslumbrante, realmente um vista maravilhosa. As bigas passaram pelo mar das caraíbas e começou a se erguer entre as núvens, dera para ver o parque temático de Xcaret reluzindo com os brinquedos em funcionamento, Rayh desejou que as bigas passassem no centro de um enorme riacho com morros que faziam as pessoas escorregarem em extrema velocidade, ele imaginou caindo no riacho com os guerreiros gritando feito loucos.

     A biga foi mais adiante passando por uma encruzilhada por caminhos diferentes, Rayh já passou por essa estrada várias vezes nos passeios escolares e achou estranho por nunca ter vistos a legião voando de um lado para o outro naquele território. Zacc pousou a biga dentro de uma floresta no meio do nada, Rayh pensou que aquele lugar seria somente uma pequena mata fechada, mas ao entrar com a lagião ficou encantado com a beleza das esculturas de homens e mulheres - deviam ser deuses Astecas - inclinados em colunas que parecia pirâmide meia torta. Uma mini caverna coberta por folhagens cintilava na presença da legião, Zacc cortou as folhagens com sua espada, liberou a passagem para seus guerreiros que eram muito para um caverna tão pequena.

     - Como pode caber todo mundo nessa pequena caverna? - Perguntou Rayh confuso.

     Sarah deu uma risadinha aguda, como o modo de surpresa.

     - Essa é a passagem para o acampamento Tenochtitlán Furz - Respondeu Sarah. - A aura protege o nosso acampamento para que somente os semideuses do acampamento tenha permissão de entrar, isso faz a caverna para os mortais impossível de invadir nossas fronteiras.

     Traduzindo para o espanhol: Rayn não entendeu nada com palavras que simplesmente embaralhou sua mente e não foi fácil ouvir aquilo tudo em uma só noite.

     - Somos os últimos a ultrapassar a aura, vamos rápido antes que algum monstro apareça. - Comentou Zacc.

     - E os monstros também não podem entrar? - Perguntou Rayh novamente.

     - Não, né... Se é uma fronteira para semideuses Astecas, monstros não podem invadir facilmente. - Respondeu Zacc com seu rosto enjoativo.

     A luz do portal ficou um pouco mais clara, ele pensou que fadas iluminava o acampamento, mas reparou esferas de barbantes presas nos colinas dos estandartes. Uma força da infantaria Asteca iniciava o caminho para o acampamento, a vista do quartel-general estava em movimento, homens retirando suas armas brancas dentro de um baú? Uma pequena caixa que parecia impossível ter tantas armas sendo tirada pelo exército. Três colinas no horizonte dividia sete templos e cada um deles pareciam pirâmides com escadas rodeando a passagem, os deuses deveriam ter bom gosto por suas construções ser grandiosas e nem mesmo a arquitetura grega era comparada com a imensidão em que Rayn reparava pelo caminho. UmA muralha separava o campo de guerra e a cidadela do acampamento, deU para ver os grandes edifícios com o símbolo que parecia um lobo comendo carne humana - meio nojento ver aquela imagem em uma cidade movimentada - mas os habitantes não parecia ter problema com a vista dela. Os dois palácios ficava no centro do acampamento, um quadrado e outro triangular, era diferente dos outros templos e menor por altura, embora a largura dava o centro de novo México inteiro, aquilo parecia spar de supermaket e nada comparado da avenida Guadalupe era realmente assustador. Rayh escutou barulho de chaminé flamejado, um navio em alguns quilômetro dali está pronto para partida. Sarah cutucou-o chamando sua atenção.

     - É ali onde ficamos o tempo todo... - Apontou ela para uma das colinas. - O templo de Mayor.

     O templo era o maior de todo acampamento, um dourado que fazia pairar até as fronteiras de outras dimensões, uma enorme escada entre o campo e o templo dando bem de frente ao quarda-general ao lado - dificultando um pouco a passagem -. A escadaria era incomparável, qualquer um desejava elevadores para subir ao templo, mas os Astecas subiam aquilo tão rápido que não era possível acompanhar os passos, foi uma das coisas que Rayh quis aprender durante sua vida no acampamento.

     - O que é aquilo? - Perguntou ele, direcionando-se a uma colina que parecia duas torres meia-tortas.

     - Aquilo é a torre de Teotihuacán - Respondeu Sarah. - É o templo do sacrifícios humanos.

     Rayh arregalou os olhos tremulo.

     - Sacrifício humano?

     Sarah sorriu ironicamente.

     - Hoje em dia não fazemos com humanos, mas sim com animais. Isso tem ajudado bastante em nossa civilização, se é que você entende.

     Sacrificar animais seria a última coisa que Rayh pensaria, pobre animais... Ele nem imaginou o desespero que tomaria conta de si durante o primeiro sacrifício feito no acampamento.

     - E como irei saber qual deus é meu pai?

     - Irá saber... - Respondeu Sarah, que não deu muita expectativa para Rayh.

     Eles passaram por uma venda de piscinas e saunas no lado de dentro, um vidro coberto por um tecido transparente dava para ver os Astecas se relaxando dentro da venda. No outro lado do campo uma placa que dizia Maia expandia uma horta de trigo e cacau com algumas pessoas plantando e ceifando o que restava dentro da sacola escrita: Plantar todos os dias, isso sim é trabalhar. Os quatros monumentos abertos com algumas estátuas de grandiosos homens segurando armas e artefatos sagrado arredor dos parques ao lado a muralha da cidadela, a fonte tinha mais ou menos dez metros contando pelo enorme pilar de mármore polido Era o bastante para um acampamento que parecia todo o México, cada vez que Rayh tentava olhar para o horizonte mais arquitetura do acampamento continha, aquele lugar era incrivelmente inacreditável, se soubesse de sua verdadeira história tinha certeza que já passara treinando no acampamento muito antes e não precisaria lhe dar com a família incrédula que maltratava todos os dias sem motivo algum.

     - Esse lugar é incrível. - Rodeou seu corpo olhando todo o acampamento.

     Sarah concordou com êxito.

     O grupo de sacerdotes estavam vestido de fibra das folhas de sisal, uma argole no pescoço prendendo um enorme manto avermelhado preso nas costas. Rayh prendeu o riso quando viu aqueles homens usando tangas, se perguntou se usaria aquele tipo de roupa durante sua tarefa no acampamento Asteca e com certeza não aceitaria nem mesmo com os piores castigos da professora Marta.

     - Esses são os mais velhos e antiga da legião, depois de formados se tornam sacerdotes. - Explicou Sarah, ativa no caminho. - Eles vão fazer suas primeiras expedições...

     Uma enorme bandeira pairava numa passagem do pequeno lago de travessia, as águas eram cristalizadas que dava para ver as criaturas marinhas passando por baixo da ponte.

     - Iztapam? - Perguntou ele com tampouca dificuldade.

     - Sim, o acampamento é divido em três partes... - Respondeu Sarah. - Os mesmos deuses também podem ter vários nomes em cada dimensão, quando passamos para uma das três partes, eles já são conhecidos por outros nomes diferenciados.

     Os nomes dos deuses em que ouvira já é difícil o suficiente para se pronunciar, imagina decorar todos os deuses em três divisórias? Aquele assunto deu calafrios em Rayh, pensou nos tempos estudando deuses e monstros como Zacc tinha lhe explicado na biga enquanto voava com a legião, ele queria pedir para ir devagar, mas os assuntos sobre deuses lhe incomodava e de forma chocante.

     - Ah, Duym se aproxima. - Avisou Sarah olhando para os ares.

     A única coisa que Rayh vira foi águias vindo em sua direção, uma branca comandava as outras em ambas direção equilibrada, parecia que aquelas águias foram treinadas para realizar esse tipo de coisa. Elas pousaram de frente aos dois, piando de uma forma curiosamente diferente das que as águia emitiam, Sarah se curvou perante a águia branca que retribuiu com o movimento na cabeça.

     - Rayn, conheça o nosso diretor e o deus dos seres alados: Duym.

     Rayn queria gargalhar novamente com aquelas palavras, uma águia sendo um deus? Aquela cena foi totalmente ridícula, como uma civilização pode adorar um águia branca?

     As outras águia que pousaram atrás da branca deram voo assustando os Astecas que passavam pelo trilho. A águia branca parecia maior... Ela crescia cada vez mais, no piscar de olhos e formava um tamanho contínuo, é impressão de Rayh ou aquela águia estava virando um ser humano? As penas brancas desapareceram formando pele de mortal, suas garras viraram pés, as enormes asas se transformaram em braços e duas mãos, o rosto da águia era reluzente, um brilho que encantava qualquer pessoa que passava, um homem alto e musculoso usando um mando de seda com colares de enormes pedras multicoloridas. O olhar do homem era duro e repreensivo, os cabelos rebeldes e quase sempre modesto para um homem adulto, seu sorriso era perfeito, Sarah passava a mão em seus cabelos encantada assim como as garotas que cumprimentava o deus-águia. Rayh ficou paralisado olhando a águia transformada.

     - Caçada, temos que adiantar algumas coisas até amanhã! - A voz do deus era lúcida, calma e temporária. Nada extravagante.

     - Encontramos dois Strigoi no Novo México diretor Duym, acho que os monstros estão mais devastados do que anteriormente. - Comentou Sarah, preocupada com o que o deus iria responder.

     - Isso pode ser outro problema, mas temos outro assunto para resolvermos. - Concordou o deus.

     Rayh encarava o homem como se ele fosse familiar, mas alguém distante na qual nunca se lembraria. Duym direcionou seu olhar até Rayh surpreso, olhando-o dos pés a cabeça como um novato pronto para ser morto em certa batalha.

     - Semideus novo? - Perguntou o deus.

     Sarah assentiu com a cabeça.

     Duym passou a mão em seu peitoral balançando a cabeça, talvez estudando-o para ver se contém alguma utilidade no acampamento.

     - Certo, coloque ele como Maia e veja qual sua utilidade em sacrifícios. - Ordenou o deus.

     - Sim senhor! - Reverenciou Sarah, puxando o braço de Rayh para o outro lado da ponte de travessia.

     - O que quer dizer com Maia? - Perguntou Rayh sendo puxado.

     - É um termo para os novatos do acampamento, para se tornar um Asteca terá que realizar um sacrifício que mostrará sua lealdade com o acampamento. - Respondeu Sarah.

     Era o que Rayh mais temia desde que chegou no acampamento, ou soube desse tal sacrifício, matar animais não é legal, mas ele não tinha escolha... Onde iria se fugisse dali? Seus tios nunca iam aceitar a volta para casa, depois do que ele fez essa noite não havia esperança alguma com seus tios.

     - Não pode ser ursinho de pelúcia? - Perguntou ele, na esperança que Sarah assentisse.

     - Não! - Respondeu ela. - Isso seria sua morte certeira.

     Morte certeira vai ser pouco tempo nesse acampamento, acredita que não durará uma semana sendo da legião ou lutando contra esses monstros, pelo o que sabe os Astecas eram brutos e honrava seu país com dignidade e isso era o pouco que Rayh deveria fazer por ser um problemático como todos á seu redor.

     Ele respirou fundo e murmurou confiante:

     - Ai vou eu!

 

( Continuação no próximo capítulo... )

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